"O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos" - Eleanor Roosevelt.



quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O RESPEITO AO MEIO AMBIENTE

é o caminho para a sustentabilidade

Entendendo a definição do que seja meio ambiente e analisando interpretações de alguns pensadores que consideram “o meio no qual estamos inseridos, sendo o conjunto de condições, leis, influências, alterações e interações de ordem física, química e biológica, onde as problemáticas são discutidas não apenas ao nível do individuo ou da “natureza”, incluímos a esse conceito a sociedade pelo fato de ser um conjunto de pessoas que interagem entre si constituindo uma comunidade.

Embora seja essa a definição que entendemos ser mais abrangente, podemos exemplificá-la trazendo de forma didaticamente esclarecedora esta afirmação acrescentando que:

1-O meio ambiente se inicia no bem estar físico, moral e social do indivíduo, o que significa saúde, segundo definição das Organizações das Nações Unidas, em que o indivíduo estando bem consigo mesmo, em perfeito equilíbrio e saudável para sua qualidade de vida, que chamamos de “ambiente interno”;

2-No convívio em seu lar com seus familiares, o relacionamento harmonioso com a família e os entes queridos, que chamamos de “ambiente familiar”;

3-Em seu trabalho, na interação com seus colegas, no respeito à hierarquia, no relacionamento interpessoal, que chamamos de “ambiente de trabalho”;

4-Nas relações sociais dos indivíduos em festas, reuniões e comemorações com amigos, que chamamos de “ambiente social”.

5-E para completar, as relações com as questões globais e demais seres vivos do ecossistema do planeta que o homem não tem conhecimento de todos que habitam a Terra, pois são os que constituem uma diversidade gigantesca que chamamos de biodiversidade, considerados como os “bens naturais”. 
Esses são os meios ambientes privilegiados que o ser humano se relaciona e preserva a favor de sua subsistência, ou seja, ele pratica esse exercício constantemente e sabe discernir o que é mais importante para o seu bem estar. Dentre esses bens, curiosamente “esse respeito” o ser humano deixa de cumprir com tarefas semelhantes perante os bens naturais como a água, ar, solo, a fauna e a flora, causando irreparáveis danos ao meio ambiente, mas que na maioria das vezes essa agressão é por uma questão de sobrevivência.

Mas na vida nem tudo deve ser visto de maneira egocêntrica, devemos pensar e agir nas ações que praticamos e o resultado que isso pode causar de danos a outrem, estabelecendo-se assim uma relação de respeito.
“Respeito” - palavra difícil de ser entendida. Todos, invariavelmente rogam-se no direito de exigir. Ninguém se acha no dever de prestar. O respeito nasce através da consciência que o próprio homem adquire em sua evolução.
O respeito advém do reconhecimento do valor da vida, daquilo que nos cerca, da própria criação. O respeito é um dever, mas não do homem com o seu semelhante, mas do homem consigo mesmo, mostrando o evoluir do espírito que descobre a importância e o significado de tudo o que existe neste Planeta.
“Respeitar é ter o seu próprio espaço reconhecido por todos, construído com atitudes que revelem o amadurecimento interno do indivíduo, mas é também aceitar o espaço alheio, observando e compreendendo as diferenças”. (pt.shvoong.com › Artes & Humanidades, publicado em 02/2006). 

“Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante”. (Albert Schweitzer).

São essas definições que irão proporcionar uma mudança nas ações do ser humano em relação à utilização dos recursos naturais, quando entenderem que eles mesmos são parte do meio e, portanto devem preservá-lo para garantir a sustentabilidade e a sobrevivência da espécie.
Nota-se que cresce o interesse e a curiosidade de pessoas de todas as idades em relação ao meio ambiente. E citando um colega que um dia comentou.  Uma criança certa vez disse: "o meio ambiente passa pelo meio da minha casa.
É uma manifestação do entendimento e da sensibilidade das novas gerações em relação aquilo que à cerca.
O conhecimento da legislação é fundamental, pois a cidadania deve ser exercida de forma plena e consciente  devem ser destacados os direitos e deveres para que o homem viva em equilíbrio com a natureza e seus semelhantes, mencionando o artigo 255 da Constituição Federal de 1988 que acolheu capítulo específico por sua importância. “Bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. (BRASIL. Constituição, Artigo 225 apud ABSY, 2005).
Considerando que devemos respeitar os bens ambientais por se tratar de um bem que pertence a todos nós, como a interpretação jurídica assim o definiu, como sendo o “Bem ambiental” “É todo e qualquer bem essencial à sadia qualidade de vida e de uso comum do povo” e quanto a sua natureza jurídica é “Difusa” por se tratar de um bem de “uso comum do povo” (art.81 do CDC), São trans-individuais, porque ultrapassam a esfera de atuação dos indivíduos isoladamente considerados. Uso comum do povo, conseqüentemente direito de todos. Tem como titularidade, pessoas indeterminadas, da coletividade e do Poder Público.
Um dos exemplos mais simples sobre bem difuso é o próprio meio ambiente. A sua proteção tem por objetivo regular a relação entre os seres humanos e a interação destes com o meio em que vivem como citamos anteriormente, buscando, assim, o bem estar social da coletividade. “O meio ambiente é, devido a sua incontestável importância, um bem de natureza irrenunciável, imprescritível, indivisível e indisponível erga omnes. É um bem do qual nem mesmo o Estado é titular.
A indivisibilidade é a primeira característica do objeto do bem difuso. Em relação ao meio ambiente, pela própria natureza do direito questionado, a indivisibilidade há de ser essencial. A todos pertence, mas ninguém em específico o possui.
Mauro Cappelletti, em um simples, porém ilustre pensamento, pergunta: “De quem é o ar que respiro?” A reposta é desnecessária. De quem pode ser todo o ar, a água, a fauna, a flora, o patrimônio histórico, a arte, dentre outros frutos do meio ambiente de uma nação? Tem o Estado, investido de todo o seu poder, o direito de renunciar, alienar, ou dispor do bem denominado meio ambiente?
Os bens difusos são, também, irrenunciáveis, ou seja, não os podemos perder voluntariamente nem abrir mão do direito de tê-los preservados ao nosso redor. Não se pode renunciar ao ar, à água, à terra até porque são condições vitais de nossa existência”. (Paula Prux).
Essas são as razões para se refletir sobre um maior nível de consciência da coletividade para a preservação dos bens naturais, para que se permita a sustentabilidade como forma de reposição gradual dos impactos e danos causados a natureza, e na busca de um ambiente melhor e saudável para nossa sobrevivência e que possa garantir o bem estar das gerações futuras.
Entendemos que tanto a atividade econômica como natureza, estão em constante movimento, e o que se busca é a inclusão da qualidade de vida do homem, que agregado ao desenvolvimento e a preservação se constituem no ecodesenvolvimento que tão desejado para o planeta como para a sociedade.
E ressaltando, que a sustentabilidade é um projeto de conscientização da sociedade e dos empreendimentos que já vem aportando recursos nessa disseminação e que pretende colher os resultado em pequeno espaço de tempo.

por Edgard José Laborde Gomes
Consultor Ambiental e Assessor Diretoria ABIEPS
Pós-graduado em Direito Ambiental

sábado, 9 de fevereiro de 2013

RECONSTRUINDO O MEIO AMBIENTE COM AMOR


Outra Personalidade de Parelheiros 
Maria José Kunikawa (Tomi)
Fonte texto e foto: Guia Turístico “ecoturismo e agroecologia no extremo sul de São Paulo”

Conhecida como Tomi, nasceu na ilha do Bororé e se rendeu aos encantos da terra desde menina. Foi à cidade estudar e se graduou em administração Hospitalar. Mais tarde voltou ao seu lugar de origem para se tornar agricultora. Acredita que a troca de informações sobre práticas de manejo agroecológico entre os agricultores da região de Parelheiros é fundamental para o aprimoramento do seu trabalho. Em sua propriedade, há um clima agradável, inspirado pelo belo jardim e pelo paisagismo de seu avô. Há também um ninhário de de garças, que podem ser observadas no verão. Tomi convida turistas a “constatarem em Parelheiros, aquilo que estão lendo, aquilo que está sendo divulgado na mídia”, sobre agroecologia e preservação ambiental.

Reconstruindo o Meio Ambiente com Amor

A busca de um desenvolvimento sustentável, que tenha como objetivo central a qualidade de vida, sem, no entanto deixar de utilizar tecnologias modernas, é um desafio para os países em desenvolvimento, como o Brasil, que precisam produzir para aumentar e garantir o crescimento econômico, reduzir a pobreza e manter seu ambiente da melhor forma possível.
As florestas naturais, embora renováveis, têm uma capacidade limitada de satisfação das necessidades humanas e, se super exploradas, podem ser levadas a um ponto de degradação irreversível. Em várias regiões essa situação já ocorreu, ocasionando inclusive bolsões de desertificação, em outras, a situação é gravíssima.
“Há hoje uma flagrante disparidade entre o desenvolvimento do poder intelectual, o conhecimento científico e a qualidade tecnológica, por um lado, e a sabedoria, a espiritualidade e a ética, por outro” (Rebouças, 1989). Isto mostra que a sociedade vem ignorando, até mesmo menosprezando, as relações ecológicas diárias entre ela e a natureza, dando margem ao surgimento de uma catástrofe ambiental que poderá explodir num futuro não muito distante
A busca de um desenvolvimento sustentável, que tenha como objetivo central a qualidade de vida, sem, no entanto deixar de utilizar tecnologias modernas, é um desafio para os países em desenvolvimento, como o Brasil, que precisam produzir para aumentar e garantir o crescimento econômico, reduzir a pobreza e manter seu ambiente da melhor forma possível.
Para o desenvolvimento desse novo paradigma há necessidade de que a educação e a cidadania sejam os principais caminhos a serem seguidos pela sociedade. Refletir e agir holisticamente passam a ser pontos cruciais para a nossa espécie. Para tanto, o ensino, a ciência e a tecnologia não podem se desvincular dos aspectos ambientais e sociais. É preciso resgatar o ser humano como parte essencial da natureza. A cada dia, crianças em idades cada vez mais tenras se desvinculam da natureza em função da urbanização acelerada devido às transformações na forma de produção e dos mecanismos de atração das grandes cidades e metrópoles.
As ferramentas e estratégias de educação ambiental passam a ter extrema importância para o resgate deste vínculo.
Geralmente, o educador ambiental defende isoladamente o elemento natural com o qual trabalha (água, solo, ar, flora, fauna e ser humano), esquecendo-se não só de inserir-se como parte integrante do meio ambiente, como também de fazer as interrelações entre estes elementos.
Muitas vezes, a educação ambiental é realizada de maneira muito formal, fazendo da cabeça das pessoas um mero depósito de informações, acreditando que o simples contato com a nova informação desencadeia um processo interno de assimilação, processamento e aplicação prática de idéias, deixando de inserir o ser humano no ambiente.
O conhecimento tem sido repassado sem considerar a essência humana. Encarar o ser humano, unicamente, como predador, culpando-o pela degradação ambiental, não abre portas para uma mudança de comportamento. É preciso alcançá-lo em sua plenitude, transformando-o em um reconstrutor da natureza, transmitindo e relacionando os conteúdos ambientais às necessidades e aspirações dos seres humanos.
As informações técnicas aplicadas de forma isolada, desconectadas da realidade, desestimulam as pessoas a aplicarem o que aprenderam, o que não ocorre quando essas informações são associadas às suas emoções.
Até agora estivemos andando na contramão, procurando salvar a natureza através do homem, esquecendo que só conseguiremos isto resgatando o homem através da natureza. O ensino que causa impacto é o que passa de um coração para o outro. Isto engloba a totalidade do ser, intelecto, emoção e vontade.
Desta forma, é preciso atuar na educação ambiental com praticidade, simplicidade, naturalidade e, sobretudo, com amor.
 Marcos Rachwal Rachel Gueller Souza