Outra Personalidade de Parelheiros
Maria José Kunikawa (Tomi)
Fonte texto e foto: Guia
Turístico “ecoturismo e agroecologia no extremo sul de São Paulo”
Conhecida como Tomi, nasceu na
ilha do Bororé e se rendeu aos encantos da terra desde menina. Foi à cidade
estudar e se graduou em administração Hospitalar. Mais tarde voltou ao seu
lugar de origem para se tornar agricultora. Acredita que a troca de informações
sobre práticas de manejo agroecológico entre os agricultores da região de
Parelheiros é fundamental para o aprimoramento do seu trabalho. Em sua propriedade,
há um clima agradável, inspirado pelo belo jardim e pelo paisagismo de seu avô.
Há também um ninhário de de garças, que podem ser observadas no verão. Tomi
convida turistas a “constatarem em Parelheiros, aquilo que estão lendo, aquilo
que está sendo divulgado na mídia”, sobre agroecologia e preservação ambiental.
Reconstruindo
o Meio Ambiente com Amor
A busca de um
desenvolvimento sustentável, que tenha como objetivo central a qualidade de
vida, sem, no entanto deixar de utilizar tecnologias modernas, é um desafio
para os países em desenvolvimento, como o Brasil, que precisam produzir para
aumentar e garantir o crescimento econômico, reduzir a pobreza e manter seu
ambiente da melhor forma possível.
As
florestas naturais, embora renováveis, têm uma capacidade limitada de
satisfação das necessidades humanas e, se super exploradas, podem ser levadas a
um ponto de degradação irreversível. Em várias regiões essa situação já
ocorreu, ocasionando inclusive bolsões de desertificação, em outras, a situação
é gravíssima.
“Há
hoje uma flagrante disparidade entre o desenvolvimento do poder intelectual, o
conhecimento científico e a qualidade tecnológica, por um lado, e a sabedoria,
a espiritualidade e a ética, por outro” (Rebouças, 1989). Isto mostra que a
sociedade vem ignorando, até mesmo menosprezando, as relações ecológicas
diárias entre ela e a natureza, dando margem ao surgimento de uma catástrofe
ambiental que poderá explodir num futuro não muito distante
A
busca de um desenvolvimento sustentável, que tenha como objetivo central a
qualidade de vida, sem, no entanto deixar de utilizar tecnologias modernas, é
um desafio para os países em desenvolvimento, como o Brasil, que precisam
produzir para aumentar e garantir o crescimento econômico, reduzir a pobreza e
manter seu ambiente da melhor forma possível.
Para
o desenvolvimento desse novo paradigma há necessidade de que a educação e a
cidadania sejam os principais caminhos a serem seguidos pela sociedade.
Refletir e agir holisticamente passam a ser pontos cruciais para a nossa
espécie. Para tanto, o ensino, a ciência e a tecnologia não podem se
desvincular dos aspectos ambientais e sociais. É preciso resgatar o ser humano
como parte essencial da natureza. A cada dia, crianças em idades cada vez mais
tenras se desvinculam da natureza em função da urbanização acelerada devido às
transformações na forma de produção e dos mecanismos de atração das grandes
cidades e metrópoles.
As
ferramentas e estratégias de educação ambiental passam a ter extrema
importância para o resgate deste vínculo.
Geralmente,
o educador ambiental defende isoladamente o elemento natural com o qual
trabalha (água, solo, ar, flora, fauna e ser humano), esquecendo-se não só de
inserir-se como parte integrante do meio ambiente, como também de fazer as
interrelações entre estes elementos.
Muitas
vezes, a educação ambiental é realizada de maneira muito formal, fazendo da
cabeça das pessoas um mero depósito de informações, acreditando que o simples
contato com a nova informação desencadeia um processo interno de assimilação,
processamento e aplicação prática de idéias, deixando de inserir o ser humano
no ambiente.
O
conhecimento tem sido repassado sem considerar a essência humana. Encarar o ser
humano, unicamente, como predador, culpando-o pela degradação ambiental, não
abre portas para uma mudança de comportamento. É preciso alcançá-lo em sua
plenitude, transformando-o em um reconstrutor da natureza, transmitindo e
relacionando os conteúdos ambientais às necessidades e aspirações dos seres
humanos.
As
informações técnicas aplicadas de forma isolada, desconectadas da realidade,
desestimulam as pessoas a aplicarem o que aprenderam, o que não ocorre quando
essas informações são associadas às suas emoções.
Até
agora estivemos andando na contramão, procurando salvar a natureza através do
homem, esquecendo que só conseguiremos isto resgatando o homem através da
natureza. O ensino que causa impacto é o que passa de um coração para o outro.
Isto engloba a totalidade do ser, intelecto, emoção e vontade.
Desta
forma, é preciso atuar na educação ambiental com praticidade, simplicidade,
naturalidade e, sobretudo, com amor.
Marcos Rachwal Rachel Gueller Souza
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