Mais duas personalidades de Parelheiros
Valéria Maria Macoratti e
Vânia dos Santos
Elas passaram a se dedicar à
agricultura pelo amor à terra e às plantas. Antes de se iniciarem no plantio,
trabalhavam com a comercialização de produtos convencionais mas, a partir do
momento em que entraram em contato com a produção ecológica, deixaram de vender
produtos com veneno e passaram a cultivar produtos orgânicos e biodinâmicos. Na
pequena propriedade mantêm um pomar e grande diversidade de hortaliças. Têm
ainda uma cisterna, filtro de águas cinzas e estufa para a produção de mudas.
Cuidam de cerca de 50 (cinquenta) cachorros que foram abandonados.
A Ecologia e o Tracajá
Fonte:http://ambientes.ambientebrasil.com.brNavegando em uma remota região de um país que sonhava crescer, a Ecologia sentia o drama de viver a destruição de imensas florestas tropicais, pela fúria do fogo e a incapacidade humana.
Seguindo há vários dias entre rios, paranás e igarapés, a fauna e flora
local, somando-se à tranquilidade de águas negras e límpidas, como a própria
expressão da vida natural, a Ecologia tinha certeza que suas verdades seriam
inquestionáveis pela simples razão de existirem.
Ao parar no fim de mais um dia, em um tranquilo braço de rio, brilhando
ainda sob a última luz do sol poente, a Ecologia resolveu ir até uma pequena
casa que se avistava ao longe, à primeira vista em muitos dias.
Desembarcando, observou as paredes de toro encostados, cobertos pela
palha característica da região, e chegou próxima ao jovem morador, que
preparava sua primeira refeição do dia, após o árduo trabalho entre seringueiras
e castanheiras.
Observando melhor a panela de barro do jantar, viu que o jovem preparava
um tracajá, - tartaruga típica do local - e que se encontrava em perigo de
extinção pelo seu abate indiscriminado.
Indignada, mas sábia, a Ecologia perguntou ao jovem:
- Você sabe o que está comendo?
- Sim, um tracajá. Respondeu o morador.
Tentando encontrar um melhor caminho para resolver a questão, a Ecologia
falou:
- Olhe, o tracajá é um animal protegido, inclusive o governo gasta muito
dinheiro para criar e conservar a espécie. Além disso, a lei determina que você
pode ser preso por crime.
Mas, pela lógica de que o processo deve evoluir, completou:
- Não vou lhe prender. Prefiro que você seja educado e entenda que se
você comer este tracajá no futuro, seus filhos não vão mais ver tracajás nos
rios.
E o jovem confuso respondeu:
- Mas, eu não entendo; se eu não comer o tracajá vou morrer de fome e não
vou ter filhos!!!